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Mostrando postagens de outubro 3, 2024

O CIDADÃO INDAGA ZENÃO

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       Um cidadão de Eleia, na Magna Grécia, que hoje é parte da Itália, foi até a residência do pensador Zenão cheio de indagações.      Cidadão : Mestre Zenão, ouço falar das suas paradoxais reflexões. Poderia explicar-me uma delas? Algo simples, para que minha mente comum possa acompanhar.      Zenão : Claro, meu amigo. Vamos começar com uma que considero esclarecedora. Imagine que você está em uma corrida contra Aquiles, o mais rápido dos homens. Mas você, sendo mais lento, parte com uma certa vantagem. Mesmo assim, você acredita que ele o alcançará?      Cidadão : Sim, sem dúvida. Aquiles é incrivelmente veloz, ele me ultrapassaria em pouco tempo!      Zenão : Então ouça o que digo: por mais rápido que Aquiles seja, ele jamais o alcançará.      Cidadão : Como pode isso ser verdade? Ele é muito mais rápido, é inevitável que me ultrapasse!      Zenão : Pense comigo. Quando Aq...

A FOLHA CAI NA FLORESTA E NINGUÉM VÊ

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       "Se uma folha cai no meio da floresta e ninguém vê, será que ela caiu mesmo?"         Essa questão remete à clássica reflexão filosófica sobre a percepção da realidade, muitas vezes associada ao idealismo de Berkeley, que propôs que a existência das coisas está vinculada ao fato de serem percebidas. Se uma folha cai na floresta e ninguém está presente para vê-la, ouvir o som ou sentir o impacto, sua queda realmente ocorreu no sentido objetivo? Ou será que, sem uma consciência para testemunhá-la, sua existência e seu evento são meramente potenciais, não reais?      Por um lado, a realidade objetiva nos diz que a folha cai independentemente de qualquer observador. A gravidade continua a atuar, as leis da natureza não dependem da nossa percepção, e o evento ocorre como parte de um processo físico que transcende nossa capacidade de testemunhá-lo. Nesse sentido, o universo opera de forma indiferente à presença humana, e o que...