O Menino e a Harpia

     

    Olá meus queridos! Vamos refletir um pouco?


   

Diálogo entre o Menino e a Harpia

Cena: Um menino está sentado no chão, desenhando números de 1 a 100 em uma linha reta, imaginária. Ele está concentrado quando uma grande sombra passa sobre ele. Ao olhar para cima, vê uma majestosa Harpia pousar perto dele, seus olhos brilhando de curiosidade.

Harpia:
— O que faz, pequeno? Por que desenha números no chão?

Menino:
— Estou desenhando os números de 1 a 100 em uma linha reta. Mas é um gráfico imaginário. Posso ver como eles se alinham na minha cabeça.
— E você, Harpia, como imagina os números? Como eles aparecem para você?

Harpia (pensativa):
— Números? Não os vejo como uma linha reta. Para mim, eles são círculos no ar, como correntes de vento que se repetem, girando em ciclos eternos. Não seguem em uma direção; eles voltam e se conectam, criando formas.

Menino (curioso):
— Círculos? Que diferente! Para mim, eles só seguem em frente, de um número para o outro. Cada número vem depois do outro, nunca voltam.
— Mas por que você os vê como círculos?



Harpia:
— Porque no meu mundo, tudo é cíclico. O vento que sobe logo desce. O voo que começa termina. As estações retornam. E os números, para mim, têm o mesmo ritmo. Eles não têm fim, apenas se renovam. Não há última contagem, apenas a próxima volta.

Menino (refletindo):
— Então, enquanto eu vejo um caminho, você vê um ciclo. Isso é engraçado. O que para mim é uma linha sem fim, para você é uma dança que recomeça. Talvez não exista uma forma certa de imaginar os números, só diferentes formas de olhar para eles.

Harpia (balançando as asas):
— Exatamente, pequeno. A forma como você enxerga o mundo é moldada pelo que você vive. Assim como meus olhos, que observam de cima, veem as coisas de forma diferente dos teus, que estão próximos ao chão.

Menino (sorrindo):
— Acho que nós dois podemos aprender um com o outro. Talvez eu tente imaginar os números como círculos às vezes. Pode ser divertido ver as coisas de outra forma.

Harpia (com uma leve risada):
— E talvez eu os veja em linha, para entender a jornada que você traça, sempre em frente, sem olhar para trás. As diferentes formas de ver o mesmo universo nos ensinam mais do que se olhássemos sozinhos.



O menino e a Harpia ficam em silêncio por um momento, cada um perdido em seus próprios pensamentos, contemplando como, embora vejam o mundo de maneiras diferentes, ambos têm algo valioso a oferecer à visão do outro.

    


Comentários

  1. Anônimo10/9/24

    O mesmo resultado com visão diferente.

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    Respostas
    1. Sim... uma amostra de que duas pessoas podem estar certas mesmo tendo pontos de vistas diferentes, não acha?

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